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Projeções de economistas para Selic superam 13% com guerra e pressão de commodities

Por Luana Maria Benedito e José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - A deterioração das expectativas inflacionárias na esteira do choque de preços das commodities com a guerra na Ucrânia tem forçado analistas a promover uma revisão generalizada dos cenários para os preços e taxas de juros, que deverão subir mais e por mais tempo, com impactos colaterais sobre a atividade econômica.


A decisão da Petrobras elevar os preços do diesel em cerca de 25% em suas refinarias e da gasolina em quase 19% pegou alguns no mercado de surpresa, e esses agentes financeiros já estão preparando novas revisões nos prognósticos para o IPCA.

Diante da disparada das expectativas de inflação, já há quem veja inclusive o Banco Central mantendo o ritmo de alta de 1,50 ponto percentual da Selic na próxima semana, contrariando sinalização de aperto menor dada em sua reunião de política monetária anterior, em fevereiro.

As mudanças de cenários por parte de instituições financeiras ocorrem em momento bastante delicado, com a guerra da Rússia na Ucrânia deprimindo o sentimento global, impondo fortes perdas a alguns ativos de risco e colocando os bancos centrais contra a parede, em meio a temores de uma estagflação o pior dos mundos em se tratando de ciclos econômicos.

No Brasil, o rali internacional dos preços do petróleo reativou movimentações em torno de medidas para aliviar os preços dos combustíveis no ano eleitoral, o que voltou a acender alguma desconfiança do lado fiscal. Os juros futuros na B3 dispararam nos últimos dias, e as ações da Petrobras sofreram um tombo recentemente em meio a debates lidos no mercado como novos riscos de ingerência na política de preços da estatal.

O Banco Central anuncia sua decisão de política monetária na próxima quarta-feira, dia 16. O juro básico está em 10,75% ao ano.


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